quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta ao Ministro da Educação Sr. Fernando Haddad.

Segue abaixo carta entregue ao ministro Fernando Haddad pelo comando regional de greve de Criciúma. 
Numa cerimônia disputada, o ministro recebu em mãos o presente documento elaborado pelos professores que se encontram em greve desde o dia 18 de maio reivindicando o cumprimento da Lei 11.738, a conhecida lei do piso nacional do magistério.
Leia na ín
tegra o conteúdo da carta:

 Carta ao Ministro da Educação Sr. Fernando Haddad.
Os trabalhadores em educação do Estado de Santa Catarina com um índice de 90% de greve desde o dia 18/05/2011, pela valorização da educação pública vêm através desta denunciar e repudiar a precarização da educação em nosso estado.

 PRECARIZAÇÃO DO ENSINO:
 Como nos demais estados brasileiros em Santa Catarina faltam professores, funcionários e o governo não realiza Concurso Público, materiais pedagógicos, os prédios estão mal conservados, há sobrecarga de trabalho em todas as funções e os diretores de escolas são indicados de modo completamente autoritário pelas oligarquias políticas locais.
GOVERNO COLOMBO NÃO CUMPRE A LEI DO PISO (LEI Nº 11.738 DE 16/07/2008):
 Não bastasse essa situação caótica, aqui se paga um dos piores vencimentos para os trabalhadores em educação R$ 609.00, mesmo sendo o sexto estado em arrecadação do país. O governo Colombo desde a aprovação da Lei do Piso Nacional Salarial dos professores da Educação Básica, aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em abril de 2011, insiste em não cumprir a Lei. O governo alega não ter recurso para garantir a lei do piso, ao mesmo tempo em que existem solicitações de averiguações das verbas do FUNDEB.
CORTE DE 3,1 BILHÕES PELO GOVERNO FEDERAL NO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO:
Entendemos ainda que a educação deve ser prioridade para a construção de uma nação forte e com cidadãos conscientes. Portanto o corte de 3,1 bilhões de reais da educação anunciado pelo governo Federal em nada ajudará neste objetivo. A educação pública deve ser prioridade de qualquer governo e não o alvo permanente dos cortes no orçamento.
 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA:
Do mesmo modo percebemos que para tratar com seriedade os problemas da educação neste país necessitamos da garantia de mais verbas.  Neste momento temos vários estados brasileiros demonstrando o descaso de todos os governos com a qualidade e o compromisso com uma educação PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE. Por isso exigimos a imediata implantação de 10% do PIB na EDUCAÇÃO brasileira.


Comando de Greve dos Trabalhadores em Educação da Regional de Criciúma
Criciúma, 16 de junho de 2011.

Um comentário:

  1. Excelente. Quem melhor que os Professores para mostrar a verdade e contribuir diretamente para o desenvolvimento de um país?

    Não tem como entender... a base de qualquer nação é a educação e seus Mestres, mas o Governo simplesmente ignora tal fato exigindo qualidade dos professores mas ao mesmo tempo negando qualquer pedido de melhorias para o bem dos educadores e estudantes.

    Vocês tem o apoio de todos os Catarinenses que querem uma educação e qualidade e um tratamento digno aos professores.

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