Pois bem... Estava lendo agora a pouco o blog do Moacir Pereira e não pude conter minha indignação. Acabei de fazer um cálculo sobre minha folha de pagamento e, acredite, vou ter um ganho real de 50 reais! Poxa! Olhe só a vitória que vai representar para mim essa greve!
Alguém por favor me dê um beliscão, porque preciso acordar!
"Aviso aos navegantes: o governo cedeu em vários pontos. Diz que não paga a tabela integral na carreira porque não tem recursos financeiros", diz o aclamado jornalista. Não consigo entendê-lo. Adquiriu uma aura de credibilidade perante os professores, visto que seu ex-colega de RBS, o sr.Prates, costumeiro disparador de falácias contra todos, continua a desclassificar os professores.
Caro Moacir, quero entendê-lo. Você cobriu tão bem nossa greve e agora mostra que está ao lado do governo? O sr. Colombo vai retirar 28% do meu salário e eu devo voltar para a sala de aula com ar que obtive vitórias????
Sim, tivemos vitórias: mostramos ao povo catarinense o quanto nossa educação é defasada. Mostramos a todos que os professores são capazes de se reunir, de se unir em prol daquilo que é certo!
Agora, devemos baixar nossas cabeças e voltar para as salas de aulas com ar de derrota? Com qual motivação?
Fiz quatro de faculdade, dormindo muitas noites três ou no máximo quatro horas. Fiz dois anos de especialização aos sábados. Estou trabalhando 40 horas semanais e, na sexta-feira, depois da quadragésima aula, me dirijo à faculdade, tarde e noite, para estudar novamente! Volto para casa, descanso um pouco e retorno no sábado, manhã e tarde, para estudar novamente! E recomeço a trabalhar no domingo mesmo! E o governo me acena com 50 reais e devo voltar para a sala de aula acreditando nas suas promessas???
Me desculpem, mas eu não volto! Voltar para a sala de aula agora seria assinar um atestado de óbito para a educação catarinense.
Há vitórias? Sim, aquelas citadas acima, a nossa união e o desmascaramento desse desgoverno de continuidade da nesfasta política catarinense!
É isso ai companheirada, se voltarmos agora é como se estivéssemos cortando os pulsos!!!
ResponderExcluirEU TAMBÉM NÃO VOLTO!!!
Ani- APAE de Criciúma!!!
Sou extremamente a favor da valorização do professor, mas.... Senhoras e Senhores essa greve vai dar em nada. Os professores não se valorizam, creem que a reivindicação maior é dinheiro, enquanto a real reivindicação deveria ser a criação de um estado justo.
ResponderExcluirA greve não deveria ser um movimento de cunho monetário, mas sim de indignação com o rumo desse país.
Enquanto formos divididos em nossos intentos divididos permaneceremos. Deveria ser um movimento da sociedade e não de uma classe.
Meu amigo,
ResponderExcluirembora eu compadeça de tua indignação em relaçao ao cunho monetário taxado por outrem a essa greve, se faz necessário recordar que a mesma é baseada numa lei que tem justamente o mérito de valorizar esses mesmos profissionais que julgais não valorizar-se a si próprios.
Não sei de tua profissão, mas bem sabes que entre os melhores da cada categoria há também os totalmente dispensáveis, pois suas atitudes os desqualificam. Aliás, esse debate é ainda maior, pois há entre os seres humanos os que nós também desqualificamos dessa classificação, não é mesmo?
Falas em movimento de sociedade, porém, esquece-tes de que a sociedade por si só não é homogênea. Achas que em sala de aula não tentamos mudar a cabeça de nossos alunos visando um futuro melhor? E quanto vezes nos questionamos o quanto certo isso pode ou não ser?
Agora, por favor, não desmereça nossa greve dizendo que a mesma não vai render fruto algum. Caso isso fosse verdade, não estarias aqui a dfar teu testemunho que em nada acrescentou ao movimento. A tua indignação perante nossa greve já é manifesto de que realmente deu em alguma coisa.
Adiante companheiro! Não vais salvar o mundo o sozinho, mas parte que te couber faça-a com a dignidade e a força de vontade necessária para marcar a história, nem que seja apenas dos poucos que te rodeiam!!!
Primeiro: Interpretação é tudo. Antes de me criticar interprete o que eu disse. Não sou contra o movimento, sou sim, contra uma hipócrita causa que ALGUNS abraçam e rotulam como real e verdadeira.
ResponderExcluirMuitos professores querem de fato a mudança da coisa toda, mas não sejamos ingênuos que é essa a reivindicação da maioria.
Segundo: Não se muda a cabeça de ninguém. Mas sim se trás a luz uma consciência que está encarcerada na negritude cela da falta de entendimento que até mesmo se respira.
Terceiro: Como poderá um cego dizer o caminho a outro cego? Os professores são formados a fim de manter o status quo, poucos contrariam essa regra.
Quarto: Movimento da sociedade não tem em nada relação com homogeneidade, mas sim o despertar da indignação geral, que o movimento transcenda a uma classe e se espalhe, sendo assim a reivindicação de um povo.
Isso meu caro, se dá sendo específico nos discursos e não gritando um discurso panfletário chamando diretores de cachorro pitbull que virarão poodle's frente ao seu movimento.
Discurso populista. Como o que vcs repudiam. O movimento de reivindicação é digno. Mas seria eficaz se a sociedade fosse ganhada mediante uma fala pautada em argumentos e não incendiária.
Mais uma vez reitero, interprete as entrelinhas.
Pois bem, se interpretação é tudo, devias perceber que a crítica feita chama a tua pessoa a lutar conosco, e não critico a tua pessoa por tua posição.
ResponderExcluirEstá mais que claro que não és contra o movimento, embora o desmereça."Senhoras e Senhores essa greve vai dar em nada. Os professores não se valorizam, creem que a reivindicação maior é dinheiro, enquanto a real reivindicação deveria ser a criação de um estado justo."
São tuas palavras.
Estamos a fazer a noss parte. Se julgas que nossa greve em nada vai surtir de efeito, que mais podemos fazer para mudar tua opinião?
Já desses aqui teu aval. " Essa greve não vai dar em nada". Teu pessimismo quanto ao movimento já é tua opinião.
Desculpe-me, mas se achas que são sou tão incompetente assim para ler nas entrelinhas (tuas palavras), por favor, escreva nas linhas diretamente.
Também acho qu muitos professores são formados a manter o status quo, de minha parte, posso te garantir que fujo a essa regra, portanto,s em generalizações, certo?
Achas realmente que um movimento seja fechado em si mesmo, que ele não transcende a si próprio? Nem eu, tipicamente taxado de pessimista penso issso, caso contrário, jamais envolveria meu tempo com qualquer luta que julgasse digna. Como bem disseste, ninguém muda a cabeça de ninguém, Eu, particularmente, discordo disso, mas é mera questão de opinião.
Agora, reitero minhas palavras, se achas que nada acrescenta nossa luta, clamo a tua participação. Criticar é fácil para quem está de fora.
E por favor, não queira começar aqui uma disputa intelectual, certo? Tipo, aquelas travadas em comunidades do orkut. Bem sabes que teoria e prática são coisas que tentamos sempre conciliar. Se não podes acrescentar ânimo ao nosso movimento, peço-te, não o desqualifique.
Não representas ser o tipo ignorante, mas bem sabes que somos uma classe, e, apesar de tudo, temos consciência do que representamos, certo.
Falo por mim, não posso falar pelos outros.
E novamente, se queres escrever o que pensas, esqueças das entrelinhas, pois o que penso, escrevo diretamente. Se não conseguistes perceber, concordei com tuas palavras. E isso não está nas entrelinhas. Certo?
Mais uma vez reitero: se te indignas com o dado posto, clama a luta conosco. Se julgas inócuo nosso emblema, clama o teu próprio! Quem sabe juntos alçamos voos maiores em prol de um futuro mais digno!
Meu caro, participei do movimento na primeira vez que foi feito a caminhada aqui em criciúma.
ResponderExcluirGostaria que tu entendesse o que eu disse e digo: a euforia do salário aumentado dá e passa. Mas fica a condição que está estabelecida: desigualdade, a falta de ânimo do professor ao ver que não há continuidade, professores hipócritas - NÃO SÃO TODOS - que não dão a mínima para os alunos - estudei em escola pública e sei como é.
Não quero te convencer a nada - não é minha intenção, mas quando digo que o movimento dará em nada é que em si as reivindicações se tornarão fumaça. As coisas voltarão ao "normal", os políticos que abraçam a causa hoje será o governador de amanhã que se nega em cumprir e levar a cabo a causa que assumiu.
Só para deixar claro algo que tu provavelmente já sabe: toda comunicação não é entendida em sua essência, ou seja o que falo, falo de uma maneira, mas provavelmente tu não entenderá como eu quis dizer. Logo, toda comunicação tem e carrega em si muito mais do que comunica.
"Agora, por favor, não desmereça nossa greve dizendo que a mesma não vai render fruto algum. Caso isso fosse verdade, não estarias aqui a dfar teu testemunho que em nada acrescentou ao movimento. A tua indignação perante nossa greve já é manifesto de que realmente deu em alguma coisa."
Creio que isso diz tudo.
Beleza. Se for esse o caso, creio que nos entedemos muito bem.
ResponderExcluirAdiante, sabemos que há entre nós muitos desses que pensam apenas no seu bolso, deixando para trás aquilo que, ao meu ver, é mais importante: o coletivo.
Também penso, de certa forma, como tu falas, em relação aos políticos e o que seu futuro (nosso, não é?) lhes (nos) aguarda.
Uma mudança de consciência nesse sentido é inevitável. Porém, como bem lembrasse, quantos dentre nós, em toda nossa categoria, tem realmente consciência de seu papel enquanto formador de opinião.
Uma pena. Nós professores poderíamos, pelo menos, tentar um mundo novo. Mas não vejo isso, vejo apenas um mar de individualidades. Contudo, não em deixo abater por isso. Passamos fases de baixo astral por assim dizer, mas o sonho e a utopia devem permanecer acesos em nós sempre. Caso contrário, o futuro ao qual muitas vezes nos distanciamos por decepção, medo ou outro sentimento, vai continuar sendo apenas um intangível vácuo de possibilidades. E nenhuma boa...
Fico feliz com essa discussão que ao meu ver acrescenta... por que como tu disse, temos o mesmo objetivo.
ResponderExcluirAvante!!